Kerison, aos nove anos de idade, frequentava cultos evangélicos com seu pai e tio. Ambos cantavam e tocavam, enquanto ele observava. Ao som da guitarra de seu pai e da voz do tio, o destino dele era traçado. O sonho crescia em sua mente e coração. Porém, na inocência da infância, ele não imaginava as dificuldades que viriam à frente. Mas estava disposto a pagar o preço do sonho. Com o passar dos anos, começou a procurar mais pessoas das quais pudesse se inspirar, pois isso lhe dava força para prosseguir. Inspirou-se em MCs como Daleste e MC Botinha. Com dificuldades financeiras e sua primeira filha a caminho, teve que pausar o início da carreira. O sonho continuava dentro de si e, depois de alguns anos indeciso e pensativo, decide voltar ao mundo da música. Cantava agora não só para seus amigos, que sempre o apoiaram, mas tinha um público em sua cidade, Barueri. As dificuldades da vida continuaram, separou-se, teve menos contato com a filha, mas isso serviu de combustível para a carreira. Compôs suas próprias músicas, como ‘Tristeza eu não quero mais’ e ‘Cheguei de Quiksilver’, chegando a gravar seu primeiro clipe com a música ‘Trava a língua’.
Com esses trabalhos, obteve destaque a ponto de ter uma oportunidade em uma produtora, seguiu trabalhando, ganhando público e reconhecimento, e ganhou uma oportunidade em uma segunda produtora. Mudou-se para a zona leste, onde pôde continuar crescendo para alcançar o que desejava. Esse decolar na carreira foi pego em uma turbulência; seu irmão estava com o vírus da AIDS. Embora essa situação tenha abalado Kerison, o irmão o incentivava a continuar e dizia que ele conseguiria alcançar seu destino! Essa e outras situações forjaram dentro dele um desejo de ter mais recursos para ajudar os familiares e amigos. Segue até hoje lutando pelo sonho, colecionando shows em Barueri, Perus e até na ‘cidade maravilhosa’, Rio de Janeiro.
