Thiago Soares agita Casarão do Firmino
Abertura do evento será com os Grupos Quinteto Dolente e Peso do Samba. Nos intervalos tem DJ Nicolle Neumann
Nesta sexta-feira (13), vai ser de arrepiar no O Casarão do Firmino. A da casa de samba mais frequentada do Centro do Rio , vai receber o fenômeno do Pagode, Thiago Soares, para um show inesquecível no Palacio do Samba. A abertura do evento fica por conta dos Grupos Quinteto Dolente e Peso do Samba.
O evento tem chopp grátis das 18h às 19h30 e nos intervalos a DJ Nicolle Neumann. Os ingressos já estão à venda. Antecipados R$20,00 Reais. https://www.sympla.com.br/evento/casarao-do-firmino-convida-thiago-soares/2596359?referrer=l.instagram.com .O Casarão fica na Rua da Relação, 19, na Lapa. Classificação: 18 anos. Mais informações: 21 99926-5295.
O samba na minha vida é tudo. Ele é o meu Norte.” É dessa forma, beirando a devoção, que Thiago Soares encara o desafio de defender o gênero musical que tanta ama e leva pelas rodas de samba Brasil afora. Com mais de 15 anos dedicados à música, ele segue apontando sua bússola rumo a esse Norte, que é o samba, com um foco ainda maior em sua carreira como cantor.
Bagagem, Thiago tem de sobra. Ex-integrante de grupos como Bom Gosto e Clareou, ele sempre se destacou pelo jeito de levar o samba, seja ele em sua versão mais romântica ou em animados partidos-altos. A vivência junto às bandas de que fez parte somada aos últimos anos em que vem apresentando seu trabalho a frente de sua própria banda moldaram o perfil de Thiago e fizeram com que o cantor se firmasse como um dos mais promissores nomes do atual cenário musical.
Thiago Soares também é um dos principais compositores da nova geração do pagode. O talento, surgido com paródias de músicas na época da escola e desenvolvido através de muita prática, faz com que o cantor seja responsável por um sem número de músicas, compostas em parcerias ou sozinho mesmo.
Algumas delas foram gravadas por feras como Thiaguinho (‘Fotos antigas’), Mumuzinho (‘Não quero despedida’), Dilsinho (‘12 horas’), Tiee (‘Porradão’), e Chininha & Príncipe (‘Amor a três’, ‘Pai do filho dela’ e ‘Nem todo homem sente’), além, é claro, do próprio Bom Gosto (‘Amor bipolar’, ‘Parakundê’ e ‘Um sentimento’) e Clareou (‘Só penso no lar’ e ‘Degradê’). Em seu trabalho solo, destacam-se as faixas ‘Nudes’ e ‘Pior Samba’, que segundo o próprio cantor, em tom de brincadeira, virou o “hino dos bêbados”.
O amor pelo samba, Thiago traz inscrito no DNA. O pai, Seu Salvador, foi ritmista de várias escolas de samba e a mãe, Dona Maria Emília, trabalhou na Beija-Flor de Nilópolis, agremiação da Baixada Fluminense, o que proporcionou ao então, menino crescer cercado por toda a atmosfera que viria a indicar o caminho que iria seguir mais tarde. O avô, que, assim como o pai de Thiago, se chamava Salvador, também teve importante influência musical sobre o neto. É que, apesar de farmacêutico, ele era seresteiro, cantava muito bem e apresentou a Thiago artistas do quilate de João Nogueira, Cartola e Adoniram Barbosa.
Mesmo com todas essas influências, a decisão de virar músico veio com o boom do pagode na década de 90. Ao tomar conhecimento de artistas como Délcio Luiz, Salgadinho e Anderson, do Molejo, Thiago soube que era aquilo que queria fazer para o resto da vida. Autodidata e muito observador, ele aprendeu tudo sozinho, desde tocar até cantar. O primeiro instrumento foi um cavaquinho, ainda aos 12 anos, nas serestas do quintal do avô. Dois anos mais tarde, ele ganhou um banjo e, com ele, passou a frequentar rodas de samba para poder mostrar seu potencial.
Nesta mesma época, ele perdeu Dona Maria Emília e foi morar com o pai. Esse revés do destino, apesar de doloroso, fez com que Thiago passasse a conviver na região do Cachambi e de Pilares, na Zona Norte do Rio de Janeiro, bairros onde o pagode efervescia, com grupos como Revelação. Ali, ele se desenvolveu ainda mais. Aliando ousadia e persistência, Thiago foi aproveitando as oportunidades que surgiam, correu atrás de muitas outras e, “pulando de grupo em grupo”, como ele mesmo diz, acabou sendo chamado para participar da criação do grupo Clareou.
A fase com o Clareou durou oito meses, até que Thiago recebeu o convite para passar a integrar o Bom Gosto, após a saída de um dos vocalistas. Com o apoio dos parceiros do grupo, ele agarrou mais essa oportunidade e, durante quase cinco anos, brilhou junto com o Bom Gosto. Em 2013, o cantor deixou o grupo e decidiu seguir em carreira solo, mas, durante um bom tempo, ele acabou privilegiando seu lado compositor, sem, no entanto, abandonar os palcos. Desde 2018, Thiago optou por investir com mais energia na faceta cantor e vem colhendo os frutos, graças a seu talento e perseverança.
Atualmente, com mais de 450 mil seguidores no Instagram e pouco mais de 260 mil inscritos em seu canal no YouTube, onde tem mais de 5 milhões de visualizações de seus vídeos. Atualmente Thiago Soares é um dos sambistas que fazem show no país com mais de 30 shows por mês.
Casarão do Firmino – Palácio do Samba
Sobre a Casa, um “Palácio do Samba”, como é popularmente conhecido, localizado no berço da boemia carioca, no bairro da Lapa, entre o Centro e a zona sul do Rio de Janeiro, o Casarão do Firmino é conhecido pelas tradicionais rodas de samba que reúnem grandes nomes do cenário musical, pessoas de todos os cantos do Rio de Janeiro, além de turistas brasileiros e estrangeiros.
O idealizador do Casarão é o empresário Carlos Firmino, de 42 anos, que dá nome ao espaço cultural, que ocupa uma área coberta e ampla, de fácil acesso, situada na efervescência cultural do Rio. O Casarão também é símbolo de resistência. Os eventos buscam resgatar a essência do samba, com entradas gratuitas ou colaborativas, em que cada frequentador contribui se quiser e com quanto puder. O principal objetivo é manter vivo o ritmo que mexe com pessoas do mundo inteiro.
“Amarra a marimba e espalhe a fofoca!” O bordão já é uma marca. A expressão criada por Carlos Firmino para divulgar as atrações do Casarão, hoje, é repetida por artistas e frequentadores assíduos do espaço mais concorrido da boêmia Lapa. E não apenas a frase ganhou fama. A fila que se estende pela rua da Relação e toma a calçada da esquina, na Lavradio, reforça que o Palácio do Samba é ponto de encontro de cariocas e turistas.
Aliás, o local parece estar mesmo na moda. É cada vez mais comum encontrar no estacionamento decorado – são samambaias, lâmpadas, placas e pinturas que celebram orixás e homenageiam Nelson Mandela – atores, atrizes, jornalistas, influenciadores digitais e grandes nomes do mundo do samba. Recentemente, Moacyr Luz, Xande de Pilares, Pique Novo, Sombrinha, Feyjão, Jorge Aragão passaram pela casa.
Vinny Santa Fé, Délcio Luiz, Gabriel da Muda, Nego Álvaro, Toninho Geraes e Serginho Meriti também estão sempre presentes e são sinônimo de sucesso de público. O grupo Arruda é outra atração que atrai fãs de todos os cantos da cidade, assim como o Pagode da Beta, potência dessa geração que não deixa o samba morrer.
SERVIÇO
Show com Thiago Soares, Quinteto Dolente e Peso do Samba. Nos intervalos DJ Nicolle Neumann.
DATA: sexta-feira (13)
LOCAL: Rua da Relação, 19, na Lapa
Horário: A partir das 18h.
Ingressos antecipados, a partir de R$ 20,00 reais.
Classificação: 18 anos
Mais informações: 21 99926-5295